 |
O papel da neuroimagem na determinação da morte encefálica
Autores: Diogo Goulart Corrêa, Simone Rachid de Souza, Paulo Glukhas Cassar Nunes, Antonio Carlos Coutinho
Jr, Luiz Celso Hygino da Cruz Jr.
English: |
|
| |
|
Brain death is the irreversible cessation of all brain function. Although protocols for its determination vary among countries, the concept of brain death is widely accepted, despite ethical and religious issues. The pathophysiology of brain death is related to hypoxia
and ischemia in the setting of extensive brain injury. It is also related to the effects of brain edema, which increases intracranial
pressure, leading to cerebral circulatory arrest. Although the diagnosis of brain death is based on clinical parameters, the use of
neuroimaging to demonstrate diffuse brain injury as the cause of coma prior to definitive clinical examination is a prerequisite.
Brain computed tomography (CT) and magnetic resonance imaging (MRI) demonstrate diffuse edema, as well as ventricular and
sulcal effacement, together with brain herniation. Angiography (by CT or MRI) demonstrates the absence of intracranial arterial and
venous flow. In some countries, electroencephalography, cerebral digital subtraction angiography, transcranial Doppler ultrasound,
or scintigraphy/single-photon emission CT are currently used for the definitive diagnosis of brain death. Although the definition of
brain death relies on clinical features, radiologists could play an important role in the early recognition of global hypoxic–ischemic
injury and the absence of cerebral vascular perfusion.
Keywords:
Brain death; Tomography, X-ray computed; Computed tomography angiography; Magnetic resonance imaging; Magnetic
resonance angiography
|
|
Portugués: |
|
| |
|
A morte encefálica é a cessação irreversível de todas as funções cerebrais. Embora os protocolos para sua determinação variem
entre os países, o conceito de morte encefálica é amplamente aceito, apesar de questões éticas e religiosas. A fisiopatologia da
morte encefálica está relacionada a hipóxia e isquemia no cenário de uma lesão cerebral difusa. Também está relacionada aos
efeitos do edema cerebral, que aumenta a pressão intracraniana, levando à parada da circulação cerebral. Embora o diagnóstico
de morte encefálica seja baseado em parâmetros clínicos, o uso de neuroimagem para demonstrar lesão cerebral difusa como
causa do coma antes do exame clínico definitivo é um pré-requisito. A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética
(RM) de crânio demonstram edema difuso e apagamento de ventrículos e sulcos, associados a herniações transcompartimentais.
A angio-TC e a angio-RM demonstram a ausência de fluxo arterial e venoso intracraniano. Em alguns países, a eletroencefalografia, a angiografia por subtração digital cerebral, a ultrassonografia transcraniana com Doppler ou a cintilografia/TC por emissão
de fóton único são atualmente usadas para o diagnóstico definitivo de morte encefálica. Embora a definição de morte encefálica
dependa de características clínicas, os radiologistas podem desempenhar papel importante no reconhecimento precoce da lesão
hipóxico-isquêmica global e da ausência de perfusão vascular cerebral.
Unitermos:
Morte encefálica; Tomografia computadorizada; Angiografia por tomografia computadorizada; Ressonância magnética;
Angiografia por ressonância magnética.
|
|
|